segunda-feira, 13 de abril de 2009

Confissão no pino do meio-dia


eu plantei a árvore
eu desdenhei-lhe o fruto
eu juntei-lhe os ramos para os queimar
eu fiz o alaúde
eu toquei a melodia

eu parti o alaúde
eu perdi o fruto
eu perdi a melodia
eu... chorei a árvore

Samîḥ al-Qâsim
Tradução: André Simões

اِعْتِراف في عِزّ الظَّهيرة

أنا غَرَسْتُ الشَّجَرة
أنا اِحْتَقَرْتُ الثَّمَرة
أنا اِحْتَطَبْتُ جِذْعَها
أنا صَنَعْتُ العُود
أنا عَزَفْتُ اللَّحْن

أنا كَسَرْتُ العُود
أنا اِفْتَقَدْتُ الثَّمَرة
أنا اِفْتَقَدْتُ اللَّحْن
أنا .. بَكيتُ الشَّجَرة

1 comentário:

João A. Quadrado disse...

Caro André

Dou graças por habitar em mim a ignorância...
só assim, com a simplicidade do coração se descobrem maravilhas em paralelos que nem sonhávamos existir... esse sitio onde as barreiras não existem: no lado esquerdo do peito!

Obrigado,

Leonardo B.
Bizarril

(se me permite, colocarei o link deste belissimo, no meu:
www.impressoesdigitais2.blogspot.com)